terça-feira, 11 de agosto de 2009

Fishman Aura Dreadnought

Primeira postagem. Primeira coisa que me veio à cabeça.

Há anos, e em vão, buscava um equipo que tornasse menos imbecil e "fake" (porra, finalmente encontrei aplicação pro termo) o som do violão plugado. Algo que fizesse calar aquele timbre de pato, sabe?

Pois bem, depois de passar pra frente um amplificador específico de violão, o Ibanez Troubador TA-225 (2 falantes de 10 polegadas), e de tornar-me partidário do esquema "em linha", fui, aos poucos, desencanando totalmente de espetar minhas violas.

Para gravar os vídeos caseiros que regularmente gravo, nada como um microfone que capte os verdadeiros sons dos instrumentos. Se for condensador, ainda melhor. Eu usava - e vou continuar usando, claro - o modesto Behringer C-2, pequeno mas bastante eficiente.

Mas eis que, dois meses atrás, me surge, quase que completamente do nada, uma boa e rara oportunidade de testar o Fishman Aura. Trata-se de um pedal que acondiciona 16 "imagens sonoras" - termo usado pela própria Fishman - devidamente captadas em estúdio. Diferentes microfones e posicionamentos de microfones foram usados. Mas nada é especificado em manuais, o que faz com nossos ouvidos, e apenas eles, dêem o veredicto sobre quais "imagens sonoras" soam mais bacanas.

O negócio é muito simples: um controle de volume do sinal, um controle de mistura do sinal e, obviamente, um seletor de "imagens sonoras". Depois de alguns dias testando o pedal, meio que defini dois ajustes básicos para usar o Fishman Aura Dreadnought. Para tocar, mantenho o controle de volume em 3h (cerca de 75% de rotação), fazendo prevalecer o timbre do pedal sobre os outros periféricos - no meu caso, o preamp valvulado Behringer Tube Ultragain Mic100 e o mixer Behringer UB502. O controle Blend, que mistura o sinal do pedal ao preamp do violão, fica na casa das 12h (50%). Deste modo, obtenho uma sonoridade encorpada mas muito mais natural e ressonante do que se prevalecesse apenas o timbre do piezo.

Para gravar, aí sim, o negócio é não economizar na rotação do Blend. Vai muito bem dos 75% em diante. E aí, camaradas, não há como negar: a tecnologia empregada pela Fishman neste e em todos os outros equipamentos que levam a assinatura "Aura" é, simplesmente, SENSACIONAL!

Tudo bem que o "calor" da captação obtida por um microfone ainda é imbatível. Mas o nível de realismo, corpo sonoro e praticidade que este pedal proporciona é assustador. Convence, emociona e tem beleza de sobra para conquistar até aos mais pentelhos, como eu.

Vale cada centavo do que cobram por ele.

No vídeo, Roxy Guitar RG1 e Tayler Dreadnought, equipados, respectivamente, com os preamps Artec ASE-4 (espartano mas timbrável, sim, senhor) e Fishman Classic 4T Deluxe (muito bom). O pedal Fishman Aura estava na seguinte configuração: VOLUME 3h / BLEND 12h. Apenas um teminha simples, usando slide no Tayler, afinado em Open G.

Abração.

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